LCC de Trilhos Importados - Certificação Green Belt Lean Six Sigma
Ao passo que a tecnologia evolui, os materiais e processos usados na fabricação de trilhos para ferrovias mudam constantemente para suportar maiores densidades de trafego. Assim, a seleção de qual tipo de trilho utilizar, torna-se uma tarefa complicada. O projeto desenvolvido criou um processo para identificar qual é o tipo de trilho mais adequado.
Como projeto para certificação do curso de Green Belt Lean Six Sigma, comparou-se sete tipos de trilhos diferentes, de três fornecedores diferentes que utilizam processos de fabricação e materiais diferentes. Os trilhos, no entanto, foram instalados todos na mesma curva a fim de controlar o máximo de variáveis possíveis.
O indicador (KPI) desenvolvido, chamado de VTD – Valor da Taxa de Desgaste (Value of Wear Rate, VWR) relaciona, matematicamente: a taxa de desgaste dos trilhos, o custo da tonelada, o nível de defeitos superficiais e a quantidade total de toneladas acumuladas (MTBT) no fim da vida útil do trilho.
Em um período de 655 dias, foram retiradas 2520 amostras de desgaste e mais de 800 fotos do nível de defeitos superficiais dos trilhos. Os resultados mostraram que para diferentes cenários de operação ferroviária – i.e., aplicação de ciclos de esmerilhamento, lubrificação automática, etc. – o trilho mais adequado muda e, como extra, trouxe à tona o fato de que nem sempre o mais caro é o melhor.
A criação deste indicador permitiu o estabelecimento de um novo processo de escolha estratégica de trilhos. A relação entre parâmetros técnicos e financeiros do ciclo de vida (aquisição, instalação, manutenção, etc.) traz um balanço entre expectativas de curto e longo prazo, que é um fator crucial para empresas de infra-estrutura balizarem suas aquisições e orçamento. O setor de suprimentos consultava em tempo real o trilho mais indicado através de um relatório BI disponibilizado no servidor:
Outros LCCs
A mesma metodologia utilizada no LCC de trilhos, dada sua eficácia, foi aplicada para outros ativos da via permanente. Assim, participei de outros dois projetos de LCC, junto com outro colega especialista.
Para o primeiro estudo, estudamos o custo de ciclo de vida das soldas em trilhos. Fora retirado medidas com durômetro, perfilômetro, testes com liquido penetrante, fotos, e medições de alinhamento. Todos esses parâmetros foram incluídos em uma fórmula matemática para então gerar o KPI para avaliação da melhor solda, baseada em seu custo de ciclo de vida. Para o segundo estudo, os mesmos parâmetros foram utilizados, porém para avaliação de jacarés, elementos que compõe um AMV (aparalho de mudança de via).