Análise de falhas com R

Em 2020, a RUMO começou a sofrer com problemas de agulha entre aberta em AMV (aparelho de mudança de via). Este problema, fisicamente, implica no aparelho de mudança de via não permanecer na posição correta, acarretando em possíveis acidentes ferroviários de grandes proporções.

Então, desenvolvi um modelo em R, para analisar uma base de dados de 1 ano (10/01/2020 – 24/02/2021) de falhas levantadas pelos colaboradores da operação e buscar uma possível causa para falhas de agulhas entre aberta em Aparelhos de Mudança de Via (AMV) da Operação Norte.

Para analisar os dados de forma metódica e possibilitar a aplicação do modelo em outras bases de dados, dividi o problema em fases, descritas na imagem abaixo:

Após a coleta e tratamento dos dados, executou-se a exploração dos dados para procurar a possível causa. A exploração foi iniciada analisando os dados de forma individual, para consolidar uma visão mais global. Em seguida, desenvolvi relações entre as variáveis mais importantes do modelo para permitir uma inferência visual do impacto da variável na falha efetiva. Então, as relações mais fortes foram analisadas através da taxa de falhas, ou seja, quantas vezes a falha aconteceu em relação a quantas vezes ela poderia ter acontecido. A seguir, um exemplo da análise global, relação e classificação, respectivamente.:

Em posse da classificação das relações, foram desenvolvidos permutações nestas variáveis para a criação de configurações e então a taxa de falha de cada configuração foi verificada. Assim, chegou-se a conclusão que o fato de um AMV não possuir rolete era a causa mais provável dos acidentes, para a amostra estudada, visto que foi a variável mais presente nas 3 configurações com maior taxa de falhas (A, C, D). Então, a RUMO padronizou a instalação de rolete em AMV e começou o estudo sobre qual o melhor modelo de rolete que irá aumentar a vida útil dos equipamentos e reduzir o número das falhas.

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